sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Inclusão do aluno Surdo no ambiente escolar.




 
Fizemos uma pesquisa na escola João Martins Nunes, no bairro Medianeira, Município de Taquara. A escola tem em média 500 alunos que vão do "pré ao 9º ano" como citado na entrevista. Ao fazer contato com a Secretaria de Educação, fomos orientados de que somente ela tem a inclusão de crianças surdas.
Chegando lá, fomos bem atendidos pela direção, senhora Natália, que nos informou que na instituição há somente três alunos com deficiência auditiva, com uma média de 10 a 12 de idade, e todos no 5° ano. Os três discentes são deficientes auditivos não oralizados, um apenas emite “sons sem sentido” como foi citado.
Segundo Natália, os três já trouxeram de casa o conhecimento de Libras. Quando questionada sobre o número de professores que sabem Libras na instituição, ela foi bem clara ao dizer: “nenhum” pois há a professora intérprete para auxiliar integralmente nas aulas da professora regente.
Agora perguntas que não querem calar: Será que em um Município que tem em torno de 54.656 habitantes, há somente três crianças com essa deficiência? Ou existem crianças privadas da escola por ser surdo, pelos pais não terem conhecimento dessa ÚNICA escola que atende a esse público? Foi tentado vaga nesta instituição e não havia mais vagas? Estas crianças estão se deslocando a outras cidades para estudar?
Chegamos a conclusão que em algum dos lados há falha, seja na família por excluir a criança, seja na escola por não ter vagas suficientes, seja no poder público que muitas vezes fica omisso a isto. Os professores dessa Instituição não estão preparados para atender esses alunos, pois não tem conhecimento de Libras. Então, se um desses três meninos vai ao banheiro, e a intérprete fica na sala de aula, ele entra em uma zona incomunicável. Escolhemos este município, por não ter polo da nossa universidade, então não haverá repetição e justamente para podermos com o grande grupo fazer uma comparação de dados com os Municípios de Sapiranga e Taquara.

Juarez Junior
Matheus Oliveira
Michelle Ternus.

9 comentários:

  1. Boa tarde turma, sou a tutora Simone e irei acompanhar as atividades do blog.
    Como foi a pesquisa, já tinham conhecimento do assunto?
    Muito bom o texto de vocês, então pergunto: Houve procura por vaga para aluno surdo nessa escola e essa foi negada? Na Secretaria de Educação não existe uma coordenadora para alunos especiais? Como os demais professores, funcionários, equipe diretivas, alunos interagem com esses colegas? Sugiro que as perguntas feitas pelo grupo no texto seja feita e esclarecida pela Secretaria de Educação do município.
    Vamos participar e interagir pois a interação e integração do grupo é importante nesse momento,estou aguardando novas postagens.
    Abraço, Tutora Simone

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  2. Boa tarde, gostaria de indicar um livro que nos faz pensar algumas questões relacionadas a surdez, nele encontramos um ponto de partida para repensar algumas crenças, práticas e posturas à luz das transformações que marcam a área da surdez na atualidade.
    O livro se chama LIBRAS? que língua é essa? de Audrei Gesser
    Vale a pena fazer essa leitura.
    Abraços, Tutora Simone

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Ao questionar a responsável pela parte de crianças com deficiencia da Secretaria de Educação, Sra. Ana, ela nos informou que não há mais crianças com esta deficiencia no municipio, ou pelo menos não há procura.
    Em outras duas escolas do município, há 1 aluno em cada uma, que tem deficiencia, mas utilizam aparelho e não necessitam assim de intérprete.
    De fato, interprete só tem na escola João Martins que foi feita entrevista, até porque a demanda não necessita de mais.
    A comunicação entre os alunos acontece de forma natural, tentam se comunicar como podem e os alunos que não tem a deficiencia estão aprendendo a Libras por conviverem com estas crianças, mas não é algo obrigatório.
    Matheus, Michelle e Juarez
    Abraços

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  5. Existe uma legislação vigente que oficializa LIBRAS,
    --Lei 10.436/02 – oficializa a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS – como segunda língua oficial do país.

    --Decreto 5626/05 – regulamenta a lei 10.436/02.

    Já conheciam essa lei. Será que as escolas de forma geral estão preparadas para receberem esses alunos?
    Vale a pena conferir a lei.
    Tutora Simone

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    1. De uma forma geral não estão tão preparadas quanto deveriam, eu continuo sendo da seguinte opinião: Libras deveria ser tratada desde a alfabetização, sendo um aprendizado construtivista, desde as primeiras letras, a palavras, expressões... dou muito mais importância a Libras do que a Língua Estrangeira que aplicam nas crianças um to be na sexta, sétima e oitava...

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  6. Boa tarde,
    Sou a tutora a distância de Libras – Rubia.
    Parabéns pela realização da pesquisa, e pela busca de mais informações que complementassem a mesma.
    Em relação a legislação indicada pela tutora Simone, sugiro que vocês façam uma leitura, mesmo que rápida, pois vocês ficaram muito provocados com teoria (legislação) e a prática (realidade de muitas escolas).
    Na cidade pesquisada tem tradutor/intérprete de Libras, mas ainda faltam outros recursos humanos e materiais para dar conta da demanda da inclusão de alunos surdos. Durante as leituras dos blogs vi diferentes realidades, e o esforço dos profissionais para que dentro de suas possibilidades possam atender estes alunos incluídos. Mas sempre ressalto que muito mais precisa ser feito, este é um caminhar que esta se iniciando.
    Como vocês percebem a proposta de trabalho inclusivo desenvolvido pela escola pesquisada?
    Abraço

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  7. Pelo que pude perceber durante o estágio que fiz no semestre passado em uma escola de Parobé, a escola João Muck, não existe estrutura capacitada para atender alunos com necessidades especiais. Refiro-me tanto a estrutura física quanto intelectual. Capacitação de professores para tal tarefa, bem como recursos físicos que possibilitem a adequação do aluno deficiente.
    Mas, apesar de tudo que possa ser notado, não julgo que a escola tenha culpa em seu despreparo. Acredito que as escolas, seus professores e até mesmo seus alunos, fazem o que é possível fazer com a pouca estrutura que possuem.
    Talvez pela baixa estrutura é que não são procuradas para atender quem tenha necessidade. Ou talvez o índice é realmente baixo, graças a Deus.
    O fato é que a inclusão de pessoas com necessidades, e nesta hora, nos voltamos para crianças, é um processo muito delicado. Depende muito de que se entende por inclusão. Eu acredito que a melhor solução para o bom atendimento de quem tenha deficiência, seja ela qual for, são as escolas especializadas e voltadas exclusivamente para esse tipo de público. A inclusão verdadeira não é necessariamente deixar todo mundo lado a lado na formação, e sim, deixar todo mundo em iguais condições de pleitear seus sonhos de vida. A formação de quem necessita de cuidados especiais deve ser tratada como especial para que no final dela o resultado seja igual ao daquele que não necessitava.

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